O jornalista catalão, Miquel Calçada (da Televisão da Catalunha), esteve há uns meses na Coreia do Norte com – o também catalão – Alejandro Cao de Benos. Foi Alejandro quem também me acompanhou na visita que fiz à Coreia do Norte. Nestas filmagens, consigo ver – de quando em vez – To-tchol, um dos guias que esteve sempre comigo em 2006. Sempre calado, discreto, desconfiado, mas bom coração.
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A Catalunha na Coreia, posted with vodpod
Olá Rita.
Não sei se já conhece o blog deste cavalheiro Norte-Coreano-honorário: http://www.alejandrocaodebenos.com/blog/
É (trágico-)cómico, no mínimo.
Deixo-lhe a referência.
Meus melhores cumprimentos,
Do Japão,
L.F. AFonso, NBJ
Olá Luís.
Já conhecia, mas obrigada. Foi através dele e da sua associação que consegui entrar na Coreia do Norte.
Não deixa de ser uma figura inusitada, mas acredito que, à sua maneira, o Alejandro tenha um genuíno interesse e paixão pelos norte-coreanos.
E talvez uma certa ingenuidade…
No entanto, quem sou eu para julgar? 🙂
Abraço!!
Olá pessoal,
Não percebo nada de espanhol ou catalão… mas acho que consegui retirar o essencial dos primeiros parágrafos, que se referem à teoria da “falsa bandeira”.
Não sei se este tipo será assim tão ingénuo como isso… talvez seja até bastante sagaz.
A teoria segundo a qual o afundamento da corveta sul-coreana foi um embuste, ou melhor, uma fabricação elucubrada pelos Estados Unidos e os seus aliados no sul da penísula é algo a não descartar, tal como a possibilidade de aproveitamento político / geo-estratégico de um naufrágio acidental.
Este tipo de operações está profusamente descrito e documentado na literatura militar e é designado, nessa terminologia, por “false flag operation”.
Quando se levanta este tipo de hipótese é-se quase sempre “acusado” de fomentar “teorias da conspiração”, de ser um “maluquinho”, como se as conspirações não existissem. É por isso que vou reforçar esta ideia com exemplos:
Raramente alguém contesta que o incêndio do Reichstag tenha sido obra do próprio partido Nazi com a finalidade de criar o pânico, culpar a oposição e justificar as subsequentes perseguições e asfixia das liberdades individuais.
Para dar alguns exemplos mas actuais, segundo documentos PÚBLICOS e OFICIAIS (na sua maioria libertados pela CIA depois de expirados os prazos de sigilo obrigatório), os Estados Unidos optaram por deixar civís norte-americanos à mercê das tropas japonesas nas Filipinas com o objectivo de galvanizar a opinião pública em favor da guerra quando os poderiam facilmente ter evacuado.
Os planos da “Operação Northwoods” (operação que iria fornecer o pretexto para desencadear a guerra contra Cuba), que foram revelados com a aprovação do “Freedom of Information Act” previam o sequestro e destruição de aviões civís de passageiros, o AFUNDAMENTO de navios militares assim como embarcações civís (algumas delas cheias de refugiados cubanos) e até mesmo o uso de caças disfarçados de aviões MIG.
Existem inúmeros outros exemplos, tal como o bombardeamento pela artilharia soviética de uma localidade situada na Rússia para justificar a invasão da Finlândia: as próprias autoridades russas admitiram-no bastante mais tarde.
Tudo exemplos de atentados cometidos pelo estado contra os seus próprios cidadãos ou dos seus aliados.
Estou apenas a falar do que é abertamente reconhecido pelas instituições e agências do estado, não se trata de suposições da minha autoria.
Não afirmo categoricamente que tenha sido este o caso, mas penso que é uma possiblidade muito forte e a considerar.
Acho que, muito mais importante do que classificar as ideias dos outros, é analisá-las críticamente.
Estar a escrever enquanto faço o jantar não dá jeito nenhum… lol… já enchi as teclas de gordura!
Abraços.