Notícias para amanhã, notícias de ontem ou notícias com mais alguns dias mas que continuam a ter o seu valor.
Sobe o termómetro da expectativa, à medida que se aproxima a hora do encontro entre Norte e Sul. É já amanhã, em Panmunjon.
Ao largo da mesma ilha que quase deu origem a uma guerra – a ilha sul-coreana de Yeonpeyong – chegaram 31 norte-coreanos de barco. 20 mulheres e 11 homens foram, aparentemente, arrastados pelo mar e garantem que não são dissidentes.
Com mais certezas de fuga está um casal norte-coreano em Israel. Ainda sem grandes pormenores, as autoridades hebraicas dizem que concederam asilo político a um homem e uma mulher que fugiram da Coreia do Norte há dois anos e meio. Israel sublinha que o regresso deste casal à Coreia do Norte colocaria as suas vidas em perigo.
E o filho mais velho veio em defesa do pai. Kim Jong Nam – o mesmo que aqui há alguns anos tentou entrar às escondidas no Japão para ir à Disneylândia – diz que o pai, Kim Jong-il, não estaria de acordo com a sucessão familiar na cadeira do poder da Coreia do Norte. Diz que só o fez em nome da estabilidade… um argumento que deve andar a ser usado há cerca de meia centena de anos…
Agora, perguntam-se os jornais: porque é que Kim Jong-il desejou um feliz ano novo ao presidente egípcio, Hosni Mubarak? Entre muitas, muitas coisas, a Coreia do Norte tem treinado pilotos egípcios, vendido mísseis ao Egipto e, se bem se lembram, tem uma parceria com a Orascom, a empresa egípcia que anda a erguer a rede móvel norte-coreana.
Por falar em parcerias, os chineses e os norte-coreanos vão assinar, ainda este mês, um acordo para que a China comece a explorar a riqueza mineral da Coreia do Norte.
A censura não mora apenas na Coreia do Norte. No Japão, o jogo de guerra Homefront vai começar a ser comercializado mas toda e qualquer referência à Coreia do Norte vai ser cortada.
No Japão, a questão dos sequestrados pela Coreia do Norte conhece agora um novo capítulo. Para além de muitas outras histórias (às quais ando a prometer dedicar um post há muito tempo), há um grupo de 17 japoneses que terão sido raptados pela Coreia do Norte entre os anos 70 e 80, do século passado. Em 2002, quando o então primeiro-ministro japonês, Koizumi, visitou Pyongyang, a Coreia do Norte admitiu ter sequestrado apenas 13 japoneses. Entre eles, estavam Shuichi Ichikawa – que foi raptado em 1978, com 23 anos – e Rumiko Masumoto – uma japonesa que tinha 24 anos.
Nessa altura, a Coreia do Norte afirmou que estes dois japoneses já tinham morrido, no entanto, há agora informações não confirmadas de que os mesmos terão sido vistos com vida em 2006, na Coreia do Norte, o que vem desmentir a informação dada por Kim Jong-il a Koizumi em 2002.
Sobre esta longa “tradição” de sequestros por parte da Coreia do Norte, podem ler mais aqui.
Há também um livro – “North Korea Kidnapped My Daughter”, com algum interesse – sobre a luta de uma mãe que perdeu a filha há mais de 30 anos. Megumi Yokota foi raptada pelos norte-coreanos em 1977, mas Pyongyang afirma que Megumi já morreu. No entanto, a mãe, Sakie Yokota, não acredita e continua a exigir provas. Se fosse (for) viva, Megumi teria (terá) hoje 47 anos.
Gostar disto:
Gosto Carregando...
Read Full Post »