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Archive for Janeiro, 2008

A Radio Free Asia (subsidiada pelos EUA) informa que a principal Orquesta Sinfónica da Coreia do Norte foi convidada a actuar em Londres e em Middlesbrough, em Setembro deste ano.

A notícia vem de um empresário britânico, David Heather, que garante que a BBC vai até transmitir os concertos em directo. David explica que Middlesbrough foi um dos locais escolhidos por ter sido aí que a selecção norte-coreana de futebol venceu a Itália por 1-0, no histórico campeonato mundial de 1966.

Na orquestra da Coreia do Norte tocam 120 músicos que vão actuar no dia 9 de Setembro no London’s Royal Festival Hall. Nesse mesmo dia, assinalam-se os 60 anos da criação de um Estado comunista a norte da península coreana, a República Popular Democrática da Coreia.

David Heather diz que os governos sul-coreano e britânico estão a patrocinar os concertos.

(recordo que em Fevereiro a Filarmónica de Nova Iorque vai actuar em Pyongyang)

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O jornal Toronto Star (Canadá) escreve que um cidadão canadiano, de origem coreana, está preso há dois meses na Coreia do Norte.

A notícia só foi divulgada agora porque havia a esperança de que a diplomacia fosse libertar Je Yell Kim, isto de acordo com um membro da família. 

Je Yell Kim tem cerca de 50 anos e prestava cuidados médicos dentários, como voluntário. 

O governo canadiano não confirma a notícia mas parece que a detenção de Je está ligada a questões de segurança nacional.

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Os Estados Unidos dizem que ainda é muito cedo para riscar a Coreia do Norte da lista negra dos países que apoiam o terrorismo. Primeiro, diz o departamento de Estado norte-americano, é preciso que o governo de Kim Jong-il acabe de vez com todo o seu programa nuclear. 

A Coreia do Norte foi incluída nesta lista em 1987 pelo alegado envolvimento num atentado à bomba contra um voo comercial sul-coreano, em que morreram 115 pessoas. 

A par da Coreia do Norte, países como Cuba, Irão, Sudão e Síria também estão na lista negra dos Estados Unidos. É uma lista que impede, por exemplo, a contratação de empréstimos a taxas de juro reduzidas a instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.

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Kim Dae-jung foi presidente da Coreia do Sul de 1997 a 2003.Em 2000 ganhou o  Nobel da Paz pelo esforço na reconciliação das Coreias. Esta quinta-feira criticou a extinção do Ministério da Unificação, anunciada pelo recém eleito presidente sul-coreano, Lee Myung-bak. Mais sobre Kim Dae-jung, aqui.

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O horizonte mostra dias cinzentos nas relações entre Seul e Pyongyang.

As Coreias tinham previsto começar hoje um encontro de dois dias, em Kaesong (Coreia do Norte), em que iriam discutir a cooperação ferroviária e o transporte de atletas dos dois países aos Jogos Olímpicos de Beijing (Pequim).

A Coreia do Norte suspendeu o encontro porque diz que, com o início do ano, ainda há coisas a preparar. É uma decisão que pode escamotear um contra-ataque de Pyongyang ao presidente sul-coreano recém-eleito – toma posse a 25 de Fevereiro.

Lee Myung-bak anunciou há dias que vai acabar com o Ministério da Unificação durante o seu mandato.

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As crianças norte-coreanas – ou apenas as de Pyongyang, digo eu – estão nas chamadas “férias de Inverno”.

A Agência Oficial do governo escreve que esta é uma ocasião para os alunos consolidarem conhecimentos e treinarem o corpo e a mente através de inúmeras actividades extra-curriculares.

Sin Yong Chol, chefe de uma secção do Palácio das Crianças, em Pyongyang, explicou à KCNA que nesses “momentos de lazer” estão incluídas as visitas a várias fábricas da capital, em que os alunos oferecem espectáculos à classe operária para aumentar a produção.

Questionei-me se não haveria aqui algum engano…

Então distrair os trabalhadores com um espectáculo de dança e de canto faz aumentar a produção?

Conhecerá o senhor Sin Yong Chol a fábula da cigarra e da formiga?

Já aqui deixei dois vídeos do Palácio das Crianças, mas hoje deixo várias imagens desse espectáculo que eu própria fotografei. Aquilo é tudo menos uma brincadeira. Profissionalíssimos. Impossível afastar os olhos!

 

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A Coreia do Norte continua a violar sistematicamente os direitos humanos, utilizando como armas  a tortura, a execução pública e a perseguição.

A denúncia vem de Vitit Muntarbhorn, enviado das Nações Unidas para os direitos humanos naquele Estado comunista.

Numa conferência de imprensa em Tóquio, Vitit disse que, muito recentemente, lhe foram relatados casos de execuções públicas e que a tortura é uma prática diária no país de Kim Jong-il. Acusou o “Querído Líder” de desviar dinheiro para fundos de armamento que servem os militares e a elite norte-coreana.

Vitit vai compilar estas denúncias num relatório a ser entregue em Março às Nações Unidas. Nesta altura, está na capital japonesa em encontros com oficiais do governo de Tóquio e familiares de japoneses raptados há alguns anos pela Coreia do Norte.

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Dandong é uma cidade chinesa banhada pelo Rio Yalu que faz fronteira com a Coreia do Norte.

Tem cerca de 1,5 milhões de habitantes e atrai muitos turistas que são como que Alices-no-país-das-maravilhas. Como não podem atravessar esta barreira limitam-se a espreitar para o outro lado do espelho, para a Coreia do Norte.

Dandong vibra de luzes, de gente e de comércio. Na outra margem fica Sinuiju, o parente pobre. Do lado chinês há até telescópios apontados para o lado norte-coreano.

É como olhar para uma reserva de indígenas, como se do outro lado estivesse o baluarte imaginado por Aldous Huxley em “Admirável Mundo Novo”.

Deixo aqui o link de um vídeo do canal France 3 (da televisão pública francesa) que mostra como duas realidades tão distintas podem “viver” tão perto.

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Lee Myung-bak, o presidente sul-coreano recém-eleito, diz estar disposto a encontrar-se com Kim Jong-il, se isso ajudar a pôr um ponto final no programa nuclear do vizinho norte-coreano.

Entretanto, Christopher Hill, o norte-americano destacado por Bush para tratar desta “pedra no sapato”, já esgotou a paciência e impôs um prazo: o desmantelamento e a divulgação de todos os programas nucleares norte-coreanos devem acontecer até final de Fevereiro. Isto se Pyongyang quiser manter o acordo de desarmamento, ou seja, “para cá as armas, toma lá combustível”.

No calendário, Fevereiro é o mês mais pequeno.

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Temo que seja mais um recuo.

A Coreia do Norte publicou, esta sexta-feira, algumas ameaças nos vários jornais oficiais do regime.

No Minju Chosun (jornal oficial do partido comunista norte-coreano) afirma-se que a desnuclearização da península coreana depende totalmente do cumprimento das promessas feitas pelos Estados Unidos e restantes membros das conversações a seis: China, Japão, Rússia e Coreia do Sul.Em troca da desactivação e declaração completa do seu programa nuclear, a Coreia do Norte iria receber o equivalente a um milhão de toneladas de energia, garantias de segurança e um “desanuviamento” nas relações diplomáticas.

O prazo para cumprir o acordo, já se sabe, expirou a 31 de Dezembro. No entanto, a Coreia quer que a entrega da ajuda energética se concretize.

O Rodong Sinmun (jornal oficial do Partido dos Trabalhadores) escreve que graças “à natureza criminosa dos imperialistas americanos”, a Coreia do Norte já aumentou a sua capacidade defensiva e acusa os Estados Unidos de estarem a preparar um ataque.

São declarações que acontecem a poucos dias da nova viagem asiática de Christopher Hill, chefe da delegação norte-americana para o desarmamento nuclear da Coreia do Norte. Começa na segunda-feira no Japão, passa depois pela Coreia do Sul, a seguir pela China e termina na Rússia.

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Recebi hoje uma prenda de Natal que já andava nos caminhos dos Correios há alguns dias. São dois livros que desembrulhei comovida porque é tão bom quando acertam na “muche” dos nossos interesses. Obrigada Pim.

“Under the Loving Care of the Fatherly Leader”, de Bradley K. Martin, um jornalista norte-americano que faz a cobertura do continente asiático há muitos anos e que já viajou cinco vezes até à Coreia do Norte. A crítica literária já elegeu esta obra como o melhor livro de sempre sobre a Coreia do Norte.

 

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“Comrades and Strangers – Behind the Closed Doors of North Korea”, de Michael Harrold, o primeiro britânico a viver e trabalhar na Coreia do Norte. Michael chegou lá em 1986 e viveu em Pyongyang durante sete anos. Na contra-capa lê-se que há uma história de amor com uma rapariga norte-coreana, que não terá avançado muito.

 

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Vou começar as leituras e prometo partilhar algumas linhas, de vez em quando.

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É uma denúncia que chega da Organização Não Governamental “Good Friends”, com sede na Coreia do Sul.

A 5 de Dezembro do ano que agora passou, um director de uma cooperativa agrícola terá sido condenado à morte e executado em público com base na acusação de desvio de produtos agrícolas e venda dos mesmos por conta própria.

De acordo com a “Good Friends”, este norte-coreano já teria recebido em tempos o título de “herói do trabalho”. A ficha limpa não terá sido, no entanto, suficiente para perdoar este “desvio” e, por isso, este homem terá sido fuzilado com 90 tiros na presença da família, na cidade de Pyongsong, a 30 quilómetros da capital Pyongyang.

Nos anos 50, Kim Il-sung decretou a colectivização das explorações agrícolas. Ou seja, tudo é do Estado que dá o mesmo a todos. Uma política que tem sido sinónimo de fraca produtividade e fome.

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Não é fácil gostar de Kimchi, um prato típico do gourmet coreano. As fotos foram tiradas na Coreia do Sul, numa viela escondida no meio do lufa-lufa de Seul. Na gastronomia a Coreia não ergueu fronteiras. O kimchi é do Norte e do Sul. Apesar do fosso no campo da nutrição diária.

 

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Estas imagens mostram o ingrediente principal do Kimchi, vulgarmente conhecido como malagueta. É um prato em que se utilizam vegetais, principalmente couve, que ficam a fermentar durante alguns dias com este produto hiper picante.

Provei este prato, pela primeira vez, em Pyongyang e jurei para nunca mais. Mas quebrei as juras, tentei novamente e apaixonei-me por tão inolvidável sabor. De tal forma que, quando cheguei à capital sul-coreana, dei por mim a entrar sozinha num restaurante e a pedir porco com kimchi. Trouxe até kimchi para Portugal. Não consegui, no entanto, arranjar fãs.

Acho que é um daqueles paladares que só se consegue adquirir e amar in loco.

E pronto, hoje dei por mim a pensar no kimchi, na saudade ardente que sinto daquela península…

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Hoje decido abrir a janela das oportunidades económicas. Para quem estiver interessado, claro.

Como é óbvio, não recebo contrapartidas por isto mas a Coreia do Norte também tem artigos com valor acrescentado.

Portugal anda tão virado para a China que, se quiser, é só espreitar à direita de Pequim, no mapa.

As fotografias são do site Naenara.

 

Pasta de Dentes “Unhasu”

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Piano “Saebyok” (com madeira de árvores da família Aceraceae)

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Automóvel “Hwipharam” (atinge velocidade máxima de 185 km/h)

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Creme Anti-rugas “Insam”

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Mais um balanço da KCNA, que cita uma fonte militar norte coreana.

No último ano, os Estados Unidos e a Coreia do Sul fizeram 2250 voos de espionagem sobre a Coreia do Norte e o reconhecimento aéreo teve um pico em Agosto com “exercícios militares para agressão”.

O mais interessante é que estas aspas aparecem conectadas a um “it said” qualquer. A tal fonte militar.

Os sinais gráficos continuam para dizer que, “mantendo o ritmo da espionagem aérea dos imperialistas norte-americanos, os mercenários sul-coreanos enviaram todos os dias dois ou três RC-800 e RF-4C, para espionagens aéreas caprichosas”.Assim, tal e qual, numa tradução livre.

As coisas andavam a correr tão bem que só apetece fazer uma espécie de adaptação “scolariana-gato-fedorenta”: e é assim que lá vão?

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