[Foto AP / Bill Richardson à esquerda]
Bill Richardson é um dos quase 200 nomeados para o Nobel da Paz deste ano, graças à diplomacia utilizada na Coreia do Norte e no Sudão.
Richardson, governador do Estado norte-americano do Novo México, foi pré-candidato pelos democratas às presidenciais de 2008. Abandonou recentemente a corrida – depois de ter ficado em quarto lugar nas primárias de New Hampshire – porque lá viu que é melhor sair do campo de batalha em que se defrontam Barak Obama e Hillary Clinton.
Em 1994, o exército norte-coreano abateu um helicóptero americano que terá entrado no seu território por engano. O regime de Kim Jong-il não forneceu informações sobre o destino dos dois pilotos americanos que seguiam a bordo do aparelho. Mas Richardson estava, nessa altura, a caminho de Pyongyang e Bill Clinton, então presidente dos EUA, pediu-lhe que mediasse este incidente diplomático. O congressista lá conseguiu saber que um dos pilotos tinha morrido e que o outro piloto fosse posto em liberdade pouco depois. Assim começou a carreira de Richardson como diplomata que também tem tido um papel muito activo na crise humanitária do Darfur.
Claro que o Comité Nobel não revela quem está na lista mas quem faz as nomeações vai anunciando quem nomeia. Só pode nomear quem receber convite do Comité Nobel e, supostamente, os convidados não podem divulgar qualquer informação sobre os nomeados durante 50 anos. A lista dos quase 200 nomeados vai ser encurtada para 30 a 35 nomes e, normalmente, só chegam à recta final cerca de 10 candidatos.
Não vou fazer campanha por Richardson – até porque nem serviria para nada – mas era oportuno ter mais um Nobel da Paz em nome da Coreia do Norte.