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Archive for Julho, 2012

Como anda (quase) tudo a banhos, deixo-vos uma imagem desta manhã na praia de Busan, Coreia do Sul. Retirada daqui.

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Não é um espirro e quer dizer “amanhã”.

O Achim é um tablet que a agência estatal norte-coreana, a KCNA, diz ser um sucesso entre os estudantes e totalmente desenvolvido e fabricado na Coreia do Norte, pela Electronics Development Company. Pesa 300 gramas e tem cinco horas de autonomia.

No entanto, coloca-se em causa este made in DPRK. Especula-se que poderá ser fabricado na China e anunciado na Coreia do Norte como sendo de produção nacional. As imagens que acompanham a notícia da KCNA mostram homens e mulheres, supostamente engenheiros electrónicos, que seguram nas mãos o Achim, mas não o seu interior.

Já em tempos foram mostradas outras imagens do fabrico de um pc, numa fábrica norte-coreana, cujos componentes electrónicos pareciam pertencer mais ao interior de uma televisão do que ao interior de um computador.

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“Epic fail”, escrevem os jornais ingleses, no pontapé de saída dos Jogos Olímpicos de Londres.

Coreia do Norte e Colômbia preparavam-se para uma partida de futebol feminino, no estádio de  Hampden Park, mas o encontro começou quase uma hora depois do previsto.

Como atesta a foto acima publicada, a organização apresentou o plantel norte-coreano com a bandeira da Coreia do Sul!!

Falha ou ignorância, certo é que a organização esteve muito mal e as norte-coreanas recusaram entrar em campo. O comité olímpico, claro, reconheceu o erro e apresentou um pedido de desculpas. A equipa só regressou quando todas as jogadoras foram apresentadas no ecrã gigante, ao lado da bandeira norte-coreana.

No final, a equipa da Coreia do Norte venceu a Colômbia por 2-0.

Uma vitória que quase ficou por acontecer, após este grave incidente diplomático.

[Nota: parece que a Coreia do Norte já confirmou que Kim Jong Un se casou com “a tal mulher-mistério”. Chama-se Ri Sol-ju. A confirmação chegou através da rádio oficial do regime.]

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Depois de algumas negociações,  a Asia Pacific Broadcasting Union vai garantir a transmissão dos Jogos Olímpicos de Londres na televisão norte-coreana, a KCTV.

Da Coreia do Norte, seguem 56 atletas para a capital de Inglaterra. Luta livre, boxe, halterofilismo e judo são as modalidades que mais medalhas têm dado ao país, num total de 41, desde 1964.

O diário britânico The Telegraph ensina algumas frases – que podem ser ditas em coreano – para quem quiser estabelecer uma conversação simpática com um norte-coreano, durante a temporada olímpica que se aproxima:

“Welcome to London 2012, the greatest show on earth”

“leondeon 2012 , jigusang-eseo gajang keun pyosi e osin geos-eul hwan-yeonghabnida”

“It’s not the winning that matters, it’s the taking part”

“i munje neun geugeos-i bog-yong bubun geu seungliga aniya”

“Faster, higher, stronger (The Olympic motto)”

“ppaleugo , nop-eun ganghan”

“I think you’re in my seat”

“nan dangsin-i nae jalie issdago saeng-gag”

“The area of Stratford has seen unprecedented economic and social regeneration as part of the delivery of these Olympic Games.”

“seuteu laes podeu ui myeonjeog i ollimpig ui jeondal ui ilhwan-eulo jeonlyeeobsneun gyeongjejeog, sahoejeog jaesaeng-eul bol su issseubnida.”

“There may be delays on the Jubilee line”

“jubilli lain-e jiyeon iiss-eul su issseubnida”

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Numa busca com outro propósito, dou por mim a ver as notícias da KCNA (agência noticiosa da Coreia do Norte) do passado dia 7 de Julho. E é por isto que vem a seguir que continuo apaixonada por esta latitude. Quando penso que já nada vindo da Coreia do Norte pode surpreender-me, eis que…

“Pessoas fascinadas pela ternura de Kim Il Sung”, é o título deste artigo da KCNA, que traz Gomes como personagem central.

Presumo que a notícia se refira a Francisco da Costa Gomes, presidente da república portuguesa entre 1974 e 1976. Mas demorei algum tempo a perceber por que razão tinha vindo a KCNA, em Julho de 2012, relembrar que Gomes tinha Kim Il Sung em muito boa conta, quando tanto Gomes como Kim Il Sung já não estão entre nós. Que se fale de Kim Il Sung, ainda percebo. Afinal, ele é o presidente eterno… Depois, percebi que Gomes tinha visitado a Coreia do Norte em 1981, quando já não era presidente português. Oi?! Confuso? É pois, julgo, uma efeméride ao estilo norte-coreano.

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Há quase seis anos, quando decidi abrir este espaço – o primeiro em português, exclusivamente dedicado à península coreana – julguei que iria ser muito difícil encontrar, diariamente, notícias sobre um dos países mais fechados do mundo.

Passado pouco tempo, fiquei espantada com a torrente informativa que chega desta inopinada geografia. São notícias produzidas quase ao minuto, com origem, sobretudo, na Coreia do Sul, no Japão e, ocasionalmente, nos Estados Unidos.

No entanto, quase todas as “notícias” surgem acompanhadas de um sublinhado: “uma fonte anónima”, “uma informação não confirmada” ou “dados não confirmados”.

Coloco a palavra “notícias” entre aspas para dar início a uma reflexão semântica, após a leitura deste artigo da Associated Press.

O que é “notícia” quando nos referimos a um país-eremita?

Diria que, à partida, uma “notícia” é uma novidade que deve ser confirmada para informar com verdade, embora o dicionário também admita que uma “notícia” é o “relato de um acontecimento feito por um jornalista ou à maneira de um jornalista”. E relatar implica descrever aquilo que se vê, admitindo a subjectividade de um olhar.

A Coreia do Norte raramente se deixa ver ou confirmar. Isto é, como diz à Associated Press, Kim Byeong-jo, professor da Korea National Defense University, em Seul: “The less we know about a country, the more rumors we tend to create about it.” Ou então, “when curiosity is especially strong, rumors grow more sensational. … Imagination takes over where facts are scarce and sources are unclear.”

Na Coreia do Sul, titula o artigo supra-citado que há uma “especulação desenfreada sobre a Coreia do Norte”. Os jornais, as televisões e as rádios têm editorias e jornalistas exclusivamente dedicados a “notícias” sobre a Coreia do Norte. O mesmo é dizer, especialistas em rumores norte-coreanos.

O artigo da Associated Press vem a propósito da “notícia” do afastamento do vice-marechal norte-coreano Ri Yong Ho. A Coreia do Norte anunciou que o afastamento ficou a dever-se a questões de saúde, mas a “notícia”, fora de portas, não pegou.

“It takes time for real facts to emerge when information is controlled. In North Korea’s case, it takes even longer, and, worse yet, truth may never even surface.”

A frase do professor Kim Byeong-jo é uma espécie de resumo para o ponto prévio que é necessário fazer de tempos a tempos.

A palavra notícia – e o que ela significa – sobre a Coreia do Norte, será sempre grafada entre-aspas. Mesmo que o sinal gráfico não esteja lá.

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Juche é a ideologia (ou uma religião?) que orienta os norte-coreanos e que, de forma sucinta, significa “autosuficiência” ou “a Coreia por ela própria”. É o marxismo-leninismo virado para a realidade norte-coreana. Dizia Kim Jong-il que Juche é uma “etapa superior” do marxismo.

Kim Il-sung terá desenhado o conceito/ideologia/religião/filosofia durante os tempos de luta contra a ocupação japonesa. E Juche passou a ser matéria de estudo em muitos países e deu até origem a partidos políticos.

Em França, por exemplo, foi fundado em 2007 o PJF, Parti Juche de France, que reclama ser a única organização política, fora da Coreia do Norte, a defender as ideias de Juche.

Fondé en 2007 par Philippe Lefebvre et Jérôme Bernard, le Parti Juche de France (PJF) est un parti révolutionnaire de type Juche, inspiré par réussite incontestable et éclatante du modèle socialiste de la République Populaire Démocratique de Corée édifié par le grand leader Kim Il Sung, et le dirigeant Kim Jong Il. Nous somme l’unique organisation politique hors RPDC à défendre les idées du Juche.
Le PJF perpétue les traditions de la Lutte révolutionnaire anti-impérialiste et fait des idées du Juche l’unique guide de ses activités, et soutient pleinement la politique de songun de la RPDC.
Le but immédiat du PJF est d’assurer la victoire complète du socialisme en France et d’accomplir les tâches de la révolution populaire et démocratique de libération nationale à l’échelle du pays tout entier; son but final est de transformer toute la société par les idées du Juche.
Le PJF est l’état-major politique qui dirige de façon unitaire la lutte révolutionnaire et le développement de l’idéologie Juche en France.

Quero falar mais vezes sobre Juche e sobre o kimilsunismo ou kimilsungismo. Se conhecerem algum grupo que estude ou apoie estas ideias, por favor, façam-me chegar essa informação. Obrigada!

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Ganhou, pediu, exigiu…não importa o verbo. Importa a ação. Ou será ao contrário?

Kim Jong-un faz, desde a morte do pai, em Dezembro do ano passado, um percurso político-militar relâmpago. Agora, foi promovido a marechal do exército. Basta ler a wikipédia – com todos os erros que possa ter – para perceber que não se chega a marechal por dá cá aquela palha.

Ora, assalta-se-me uma questão (tipo “quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?): terá Kim Jong-un inspirado Miguel Relvas ou Miguel Relvas Kim Jong-un?

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[Foto gentilmente retirada daqui]

Kim Jong-un estará a seguir o exemplo do pai e do avô, ao livrar-se, desta vez, do vice marechal Ri Yong Ho (à esquerda na foto), o homem que o ajudou na difícil tarefa de sucessão.

A agência oficial de notícias, KCNA, escreve que Ri Yong Ho foi afastado de diversos cargos por razões de saúde. Já a agência Associated Press estranha porque o mentor de Kim Jong-un foi visto há poucos dias em público e parecia gozar de perfeita saúde.

A fórmula para afastar incómodos não será nova.

 

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…chegam várias notícias. A saber:

Uma agência da ONU  – a da Propriedade Intelectual – terá exportado material informático para a Coreia do Norte e também para o Irão.

A Secretária de Estado, Hillary Clinton, de visita ao Cambojda, diz que é preciso uma frente unida para tratar da desnuclearização da península coreana.

Desde 2006, os Estados Unidos já receberam 135 refugiados norte-coreanos. Mais 5 chegaram no passado mês de Junho.

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Ora bem…

…então quem é esta rapariga, ao lado do líder norte-coreano, que aplaude o espetáculo não autorizado pela Disney que apresentou a Minnie e o Mickey aos norte-coreanos e a Kim Jong-un? E já agora, porque não seguir o conselho de Ferreira Fernandes?

[gentilmente retirada do Público]

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A China está a enviar um grande ni hao (olá) aos trabalhadores norte-coreanos.

Quem quiser – e Pyongyang deixar – tem cerca de 40 mil vagas de trabalho à espera do outro lado da fronteira.

SEOUL: China is inviting tens of thousands of North Korean guest workers into the country in a deal that will provide a cash infusion to help prop up a teetering regime with little more to export than the drudgery of a desperately poor population.

(continuar a ler)

 

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