Chama-se Felix Abt, é suíço, tem 61 anos e direito a uma página na wikipédia, graças às relações privilegiadas no meio empresarial norte-coreano.
Felix viveu e trabalhou na Coreia do Norte entre 2002 e 2009 e ajudou a fundar a Pyongyang Business School. No ano passado, escreveu também o livro “A capitalist in North korea”.
Já foi entrevistado pelos principais órgãos de comunicação internacionais e agora surge mais esta entrevista na Minyanville, uma publicação online sobre assuntos económicos.
Felix conta como a sua conta no Linkedin foi bloqueada depois de ter associado um email norte-coreano ao seu percurso profissional. E é política habitual da empresa. Desta e de outras norte-americanas como a Google, Yahoo, Microsoft, Oracle, etc. Restringem o acesso a países e de países que estão na lista negra do Departamento do Tesouro norte-americano.
O mais interessante da entrevista está quase no fim. Felix diz que há uma classe média a emergir nas principais cidades norte-coreanas, que muitas pessoas estão envolvidas nalgum tipo de negócio e que, no ano passado, os agricultores de quintas estatais receberam a promessa de que poderão vender no mercado livre cerca de 30 por cento daquilo que produzirem. Garante que a abertura do governo para o comércio e para as parcerias internacionais tem aumentado nos últimos 10 anos, porém, os cortes (ainda) frequentes de energia, as estruturas deficitárias e, claro, as sanções internacionais ainda dificultam muito a acção de quem está disposto a investir no país mais fechado do mundo.
Se Abt gostaria de regressar à Coreia do Norte? Claro, “para apreciar boa comida” e estar com os amigos, mas sublinha que está feliz onde se encontra agora (Vietname). “Sete anos é muito tempo”.
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