Há quase dois meses que, verdadeiramente, celebro a vida. Uma outra vida. Metade de mim a quem me tenho dado por inteiro. A quem já prometi contar todas as aventuras por que passei nessa península chamada Coreia. E que por acaso carrego agora ao colo, em posição marsupial. Agora mesmo, em pé. A escrever só com uma mão.
E então já sei como podia começar:
Filho, sabes que no ano em que tu nasceste, pouco depois de teres nascido, morreu um homem com um nome engraçado. Kim Jong-il. K-i-m-j-o-n-g-i-l. E sabes que ele também era filho de outro homem com um nome também engraçado. Kim Il-sung. E sabes que havia outro. Kim Jong-un. Este era filho do Kim Jong-il que morreu quando tu nasceste e neto do Kim Il-sung. O Kim Il-sung morreu há mais tempo e era líder de um país onde as pessoas não podiam falar livremente. E as pessoas continuaram sem poder falar no tempo do Kim Jong-il. E toda a gente se perguntava se as pessoas iam, finalmente, falar e pensar livremente, no dia em que Kim Jong-il morreu. E depois, filho, depois sim. Houve uma grande revolta e foi isso que permitiu que tu e eu pudéssemos estar hoje aqui, de mãos dadas, a embarcar para a livre capital da Coreia do Norte, Pyongyang.
Francisco, esta é a história que eu gostava de te contar. Um dia.
Rita, obrigada!
Esta manhã, bem cedinho, lembrei-me logo logo de ti. Quem mais se poderia ouvir? Só tu! Agora quero ouvir a tua fabulosa reportagem, para avivar a minha memória e matar saudades!
Vais ter tantas estórias para contar ao Francisco. Um miúdo sortudo!
Curiosamente também só me lembrei de ti Ritinha quando ouvi esta noticia hoje eram 5h da manhã. Agora estava na altura, quando a tua criança te deixar, de trazeres a tua reportagem de novo para cima da mesa e voltar a mostrá-la. Beijinhos para e ti e para o Francisquinho e muitas felicidades.
Que rica mamã… bela história neste mundo de fantasia. A Isabel sugeriu. Voltei a ouvir o directo da manhã e a decisão está tomada: Voltamos a passar a tua reportagem na Coreia do Norte depois das 16.00. Beijo.
Descobri o teu blog há uns meses atrás, por mero acaso, e venho espreitá-lo de vez em quando.
Quando, hoje de manhã, ouvi a notícia da morte do Kim Jong-Il pensei “quase de certeza que vão falar com a Rita”!
É engraçado, que se Kim Jong Il tinha sido um ditador Africano desses capitalistas, quase ninguém teria falado da sua morte. Viva a moralidade de Occidente.
«Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar a alguém.É sempre quem levanta a pedra que se queima»-BUDA.Wikipédia diz que budismo é religião predominante na RDPC. Dizem as rádios de manhã cedo:bolsas/mercados abrem nervosas após anúncio da morte de Kim Jong Il…a globalização casino/imperialista made inUSA espreita todas as hipóteses de intervir pela guerra na península coreana e região Ásia Pacífico.Como diria o nosso “querido líder Cavaco Il Bolqueimil”…deixem trabalhar os coreanos pela reunificação da sua nação!
Como o João, também pensei:
“como a Rita vai anunciar a morte do Kim Jong Il?”
Supreendi-me! Que lindo texto! Parabéns pelo seu legado.
Espero o dia em que possamos ver você apresentando ao Francisco uma nova Pyongyang livre!
Um grande abraço
Prayer 4 North Korea
prayer4northkorea.blogspot.com
Não sei quem morreu. Só sei quem foi assassinado e brutalizado às mãos deste pulha!…
http://contrainformacaoemrede.blogspot.com/2011/12/morreu-kim-jong-il-aquele-baixinho.html
Olá Rita,
Parabéns pelo nascimento do teu rebento e tenho a dizer que aprovo com a maior veemência o nome que lhe deste, tens bom gosto.
Talvez um dia lhe possas contar uma história sobre revolta global contra a exploração e contra a repressão, na Coreia do Norte, do Sul… até em Portugal… uma história de conquista da liberdade através da ruptura com sistemas exploradores e opressivos. Com sorte, talvez ele cresça nesse mundo ou, se não for o caso, talvez tome parte na sua construção.
Um abraço.
Depois daquilo que vi da Coreia do Norte após a morte desse senhor, de histeria colectiva (sinal indiscutível de lavagem cerebral ou interpretação forçada), discursos de entoação exagerada e noticias de tributos surreais feitos pela natureza (e não me venham dizer que por causa da religião deles, essa desculpa não pega), não tenho a mais pequena duvida da natureza malévola do regime. Pessoas que escrevem a atestar a natureza democrática daquele país deviam ter vergonha na cara.
Aqui está algo que é importante ter também em conta:
_http://sol.sapo.pt/inicio/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=40521