Ler o livro “1984” de George Orwell e visitar a Coreia do Norte é semelhante a jogar o “descubra as diferenças”.
Se já leu esse livro, se nunca o leu, se se interessa pela Coreia do Norte ou mesmo se não tem interesse nenhum, veja o filme “1984” adaptado do livro do Orwell. Infelizmente, a versão que aqui publico não tem legendas em português.
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Obra literária monumental. Filme a fazer-lhe justiça.
Ainda recentemente o vimos pela 20ª- ou-coisa-que-o-valha vez aqui no Japão.
Um casting irrepreensível: um Winston Smith perfeito na figura de John Hurt, uma Julia impecavelmente decalcada do livro – Suzanna Hammilton – um O’Brien apoteótico – última prestação em película do mui saudoso Richard Burton.
E os cenários, escolhidos dessa Londres pesarosa, lúgubre do ano 1984 – ano da própria realização do filme, tendo grande parte das passagens da obra sido filmada nos dias referidos no próprio “diário” do personagem Smith e nos lugares no mesmo indicados… – são a expressão completa do grande pesadelo orwelliano.
Só mesmo a DPRK para realidade a execeder (ess)a ficção…
Feliz Ano Do Tigre!
NBJ, Kyushu, Japão
As minhas desculpas por abusar deste espaço de comentários, mas não resisto a deixar aqui um pequenino apêndice ao meu comentário anterior, se me permite:
a par do filme em si mesmo, magistral e injustamente esquecido por tanta gente, deixo aqui uma chamada de atenção para a extraordinária banda sonora do filme, a “verdadeira” da autoria do compositor Britânico Dominic Muldowney – e não a imposta, à época, pela produção da Virgin Films – “dôna e senhora” do projecto -, atribuída ao grupo pop Eurythmics (nessa altura um dos nomes comercialmente mais bem sucedidos do catálogo Virgin e, como tal, enxertado no projecto “nineteen-eighty-four” por força do “in-come” financeiro acrescido em vista…).
Este foi aliás o pômo da discórdia numa polémica opondo o realizador Michael Radford à produtora Virgin Films que perdurou por muitos e amárgos anos.
Uma versão remontada do filme, com a chancela do próprio Michael Radford, com a banda sonora dos Eurythmics desta feita extirpada, foi entretanto lançada há uns anos pela MGM, em DVD, mas por sinal a polémica subsiste ainda, porque essa edição foi entretanto descontinuada e é relativamente difícil de encontrar (mas não de todo impossível).
O mesmo sucede com a obra musical de Muldowney, que é bastante difícil de encontrar, em CD ou noutro formato, mas que vale realmente a pena o esforço da busca, porque é simplesmente uma obra-prima – em minha modesta opinião.
NOTA FINAL: a 1ª versão do filme – a mais conhecida do grande público e mais acessível, combina excertos de ambas as obras musicais, mas com maior pendor, claro está, para as peças electrónicas do grupo pop favorecido pela Virgin.
Da obra de Muldowney, destaque para o ‘hino’ da Oceânia “Oceania, ‘Tis For Thee” que surge logo no início do filme (logo após a cena dos “Dois Minutos de Ódio” com os créditos introdutórios) e entra, hipnótico, em várias cenas desta extraordinária obra cinematográfica.
Se puder, aprecie. Recomendo vivamente.
Meus calorosos cumprimentos,
NBJ, Japão
Obrigada NBJ! Excelente crtica e excelentes sugestes! por isso que este blogue vale a pena! Feliz 2010!
Eu que lhe agradeço, Rita, por este excelente espaço informativo que é um ‘must’, para todos nós de olhos na Ásia.
Coincidência das coincidências: ao visionar a versão deste filme, que a Rita teve o cuidado de divulgar, apercebo-me de que se trata, afinal, da tal versão mais rara, reeditada pela MGM, com a versão musical “correcta” e aprovada pelo realizador.
Bingo!
Meus melhores cumprimentos,
NBJ, Japão
por eu n conseguir acha o que eu queria, como o significado da bendeira da coreia do norte