O novo governo japonês parece entusiasmar mais a Coreia do Norte.
Kim Yong-nam, número dois na liderança norte-coreana, anunciou que deseja “relações frutuosas” com o Japão.
[Agência Kyodo]
Em entrevista à Agência Kyodo, Kim diz que o futuro da relação entre Pyongyang e Tóquio vai depender das medidas tomadas pelo recém-eleito governo de Yukio Hatoyama, no que toca a compensações históricas.
Pyongyang exige, há muito tempo, uma compensação pelo regime colonial japonês exercido durante 35 anos (1910-1945).
O novo governo japonês resulta de uma coligação entre três partidos: o Partido Democrático (de Yukio Hatoyama); o Partido Social Democrata (PSD); e o Novo Partido do Povo (NPP).
Ora, a pedido do PSD, as três forças políticas decidiram rever o actual estatuto das forças militares norte-americanas presentes no Japão. E esta posição pode explicar as “relações frutuosas” que o número dois norte-coreano quer com o Japão. O novo governo de Tóquio pode assumir uma atitude mais severa em relação à presença dos norte-americanos no território e essa posição serve a Pyongyang, que “odeia” (nem seria preciso pôr aspas) os Estados Unidos.
No Japão, estão estacionados mais de 30 mil militares norte-americanos.