Esta vai ser a minha última chamada”.
O aviso chegou da Tailândia por telefone à redacção da Associated Press em Seul.
A chamada foi assinada por um homem que se identificou como Ri e disse ser o líder de um grupo de 16 refugiados norte-coreanos que estavam detidos numa cadeia de Banguecoque e que entraram em greve de fome na noite de 10 de Abril, com um pedido de asilo aos Estados Unidos.
Ontem à noite, o grupo decidiu pôr um ponto final no jejum de uma semana inteira porque a embaixada norte-americana na Tailândia prometeu diálogo e compreensão na próxima quarta-feira.
Entretanto, as autoridades tailandesas transferiram estes detidos para uma outra prisão, a 10 horas da capital. Uma informação que chegou, posteriormente, pelo Reverendo Chu Ki-won – que presta ajuda a refugiados norte-coreanos – e que diz que esta atitude serve, claramente, para impedir o contacto dos refugiados com a embaixada dos Estados Unidos.
A Tailândia está na rota de fuga dos dissidentes norte-coreanos. Alguns acabam detidos nas prisões mas são depois libertados (ou fogem) e continuam o caminho em direcção à Coreia do Sul. Outros são devolvidos ao regime de Kim Jong-il.
A Associated Press tentou contactar novamente Ri mas o telefone nunca mais tocou.